Lupe, o cavalo marinho!
Nadando pelas profundezas do mar, Lupe, este pequeno cavalo marinho tentava encontrar algo novo para fazer, estava sozinho e não chamou ninguém para lhe acompanhar e não avisou a ninguém para onde iria. Queria participar desta aventura só, sem ninguém por perto para perturbá-lo.
No caminho, encontrou um navio que havia afundado há muitos anos, ficou curioso e resolveu entrar e conhecer este navio por dentro. Encontrou muitos objetos quebrados, portas, vidros e outras coisas, o navio estava totalmente abandonado. Lupe ficou curioso ao encontrar uma porta que não abria de jeito nenhum, empurrou-a com força e conseguiu abri-la, mas não havia nada ali dentro, ao tentar sair, a porta havia se fechado novamente, deixando-o preso, pois não conseguiu mais abri-la.
E agora?
Como ele iria sair dali?
Ninguém sabia onde ele estava, ninguém sabia por onde ele andava. Será que Lupe ficaria preso ali para sempre?
Os minutos, horas e até dias passaram e nada de Lupe conseguir sair dali, ainda estava vivo porque lá, naquele quarto do navio, devido ao tempo que estava submerso, havia criado uma vegetação aquática que servia de alimentação para ele. Mas será que Lupe nunca sairia daquele navio?
Ele começou a se preocupar, começou a ficar triste e chegou à conclusão de que se não tivesse sido tão individualista, egoísta, se tivesse avisado onde iria e perguntado se mais alguém queria ir com ele, talvez não estivesse nesta situação. Mas agora era tarde, se pudesse ter mais uma chance, jamais sairia sem avisar.
De tanto pensar em sua difícil situação Lupe adormeceu, e dormiu um sono profundo...
Muito tempo depois um grupo de pesquisadores aquáticos resolveram entrar no navio submerso e investigá-lo, ao nadarem pelo navio ficaram surpresos quando entraram em um dos quartos e encontraram um cavalo-marinho dormindo lá.
- Nossa, essa porta estava trancada, será que faz muito tempo que este cavalo-marinho está preso aqui? – Falou o peixe-espada.
- Ele me parece um pouco desidratado, então acho que faz tempo sim. – Falou o polvo.
- Vamos acordá-lo. - Falou o peixe-espada.
Lupe estava dormindo profundamente e acordou com um grande susto.
-Onde estou, onde estou? – Ele perguntava aos gritos.
-Calma, calma... Estávamos investigando este navio e te encontramos aqui. Faz muito tempo que você está preso?
- Sim, sim... Faz quase uma semana que estou aqui. Ainda bem que vocês me encontraram e me libertaram. Ainda bem!!
- Você tem muita sorte, pois viemos para este navio por acaso, queríamos investigá-lo e te encontramos. – Falou o peixe-espada.
- Muito obrigado, pensei que nunca mais iria sair daqui.
- Mas como você entra em um navio deste sozinho? Você não veio com ninguém? – Perguntou o polvo.
- Pois é, resolvi sair sozinho sem avisar a ninguém e me dei mal, muito mal. Nunca mais farei isso, aprendi a lição e nunca mais irei agir dessa forma.
- Realmente, você teve muita sorte e espero que tenha aprendido mesmo, nunca devemos sair sem avisar aonde vamos. – Falou o polvo.
- Aprendi sim meu amigo e como aprendi!
MINÉIA PACHECO
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